domingo, 19 de setembro de 2010

A cruz

Antônio chegou ao paraíso e foi direto falar com São Pedro.
- São Pedro, a minha vida na terra foi muito difícil. A minha cruz era muito grande e o fardo muito pesado.
Reclamava demais de sua vida e dos problemas. Tempos difíceis, dizia ele.
São Pedro respondeu:
- Filho, sua jornada na terra ainda não acabou. Terá que retornar, para cumprir o restante dos mandamentos do Senhor.
Antônio, espantado, falou:
- São Pedro, achei que já estava diante do paraíso. Tenho que voltar par cumprir mais tarefas? Carregar de novo a minha cruz?
- Sim, respondeu São Pedro. Mas, poderá entrar naquele quarto ali e escolher uma nova cruz.
Assim que Antônio chegou ao quarto, viu muitas cruzes de diversos tamanhos e com pesos variados. Havia cruzes que não se conseguia nem ver o topo de tão alta.
Outras eram tão largas, mas tão largas, que 100 homens não conseguiriam abraçá-las. Eram milhares de cruzes de ferro, de pedra, de madeira, de todos os tipos e cores.
Antônio, então, avistou num cantinho do quarto uma cruz pequenina, feita de madeira leve e toda pintada de branco.
Antônio apanhou a pequena cruz e disse a São Pedro.
- São Pedro, esta é a cruz que eu escolhi para voltar a terra.
E São Pedro lhe respondeu:
- Meu filho, esta cruz que você escolheu, é a cruz que você sempre carregou pelo mundo afora.

Moral da história:
Antes de reclamar da vida, olhe para lado, veja o tamanho da cruz que o seu semelhante mais próximo está carregando e tire as suas próprias conclusões.


ana maria braga

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